SABE QUANDO VC QUER QUE O MUNDO FIQUE CONGELADO, EM SUSPENSÃO?
vc quer uma pausa
quer que tudo pare
ou que pelo menos sua cabeça pare de girar...
deve ser bênção divina
ou talvez, o mundo resolveu me amar
largou a ingratidão de lado
e veio em meu socorro e proteção
ele num tá que nem nos clipes
num congelou e tudo bonitinho
mas pausou minha mente
ou sei lá, alguma voz da minha mente se calou
eu sei que em outras épocas eu teria pirado
mas hoje não.
to vivendo bem, mas alguma coisa está anestesiada
acho bom
finalmente eu me sinto amparada
acho que é a internet
ou talvez não...
estudar é maravilhoso, não sei como não tinha me dado conta disso antes!
o melhor é que tudo acontece junto
eu estudo, minhas idéias avançam em maturidade e qualidade
o mundo responde aos meus estímulos
e eu aos dele...
parece quase uma harmonia completa
quase
as vezes me desespero porque é assustador
mas ao mesmo tempo é tranquilo
se eu puder me enfiar num casulo, ou melhor, me comunicar com o mundo
somente assim, do meu computador
sentada em paz com minhas idéias
percebo que nesses momentos o contato humano me apavora
me sinto eremita
quero ficar sozinha
mas não completamente
ter companhia online/offline (porque eu nunca entro online mesmo...)
ter tempo
construir tempo
não atender solicitações externas
me dedicar às solicitações internas
assim eu me sinto dona de mim
faço o que me faz bem, que me faz feliz
vou arrumar coragem
outro dia
outra hora
e vou me dedicar de verdade
aos meus planos
de conquista aos meus sonhos
de me dedicar a mim
de viver livre e ser feliz
quem sabe assim
abrirei espaço dentro de mim
para mais alguém
porque hoje não
hoje eu quero canja de galinha
to gripada... abatida
me sentindo um pouco destruída
tudo dói, quero deitar e não levantar
até tudo ficar bom e eu melhorar
não quero falar com ninguém
sou grossa e estúpida, mais ainda quando mal-humorada
além de um remédio que me deixa assim (pros joelhos)
essa gripe aumentou drasticamente o mal-humor
Lugar de livre expressão dos meus pensamentos sentimentos e energias. De uma consciência em busca à desperticidade, no ritmo de cada dia.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Desabafo de empresário gaúcho:
É lamentavel , mas infelizmente é verdade...
São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendicância do país, talvez por causa de homens como este!
EMPRESÁRIO DE SÃO LEOPOLDO
Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul.
Eis o seu desabafo, publicado na revista EXAME:
"Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em Educação é contra a lei .
Vocês não acreditam?
Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa.
Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá.
Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo.
Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano, um fiscal do INSS visitou a nossa empresa e entendeu que Educação é Salário Indireto.
Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS.
Tenho que pagar 26 mil reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários?
Eu honestamente acho que não.
Por isso recorri à Justiça.
Não é pelo valor em si , é porque acho essa tributação um atentado.
Estou revoltado.
Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1000 vezes.
O Estado brasileiro está completamente falido.
Mais da metade das crianças que iniciam a 1ª série não conclui o ciclo básico.
A Constituição diz que educação é direito do cidadão e um dever do Estado.
E quem é o Estado?
Somos todos nós.
Se a União não tem recursos e eu tenho, acho que devo pagar a escola dos meus funcionários.
Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado.
Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz.
Se essa moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar..
Não temos mais tempo a perder.
As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas.
A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos.
Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz.
E vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum.
Eu Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo.
Somente consequi completar o 1º grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica.
Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo.
Eu precisava fazer minha empresa crescer.
Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar.
Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo.
A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais.
Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe..
Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça.
Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer...
E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade.
O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na nossa Empresa Geremia.
No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz.
Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados.
Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado Duas Mercedes.
Teria mandado dinheiro para fora do País e não estaria me incomodando com essas leis absurdas .
Mas infelizmente não consigo fazer isso.
Eu sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta.
Quem vai fazer no seu lugar?
Até agora, tem sido a iniciativa privada.
Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o mesmo tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado.
As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais.
Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários.
Não é o meu objetivo.
Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso:
as pessoas.
Eu sou mesmo teimoso!...
Não tem jeito..."
São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendicância do país, talvez por causa de homens como este!
EMPRESÁRIO DE SÃO LEOPOLDO
Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul.
Eis o seu desabafo, publicado na revista EXAME:
"Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em Educação é contra a lei .
Vocês não acreditam?
Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa.
Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá.
Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo.
Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano, um fiscal do INSS visitou a nossa empresa e entendeu que Educação é Salário Indireto.
Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS.
Tenho que pagar 26 mil reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários?
Eu honestamente acho que não.
Por isso recorri à Justiça.
Não é pelo valor em si , é porque acho essa tributação um atentado.
Estou revoltado.
Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1000 vezes.
O Estado brasileiro está completamente falido.
Mais da metade das crianças que iniciam a 1ª série não conclui o ciclo básico.
A Constituição diz que educação é direito do cidadão e um dever do Estado.
E quem é o Estado?
Somos todos nós.
Se a União não tem recursos e eu tenho, acho que devo pagar a escola dos meus funcionários.
Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado.
Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz.
Se essa moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar..
Não temos mais tempo a perder.
As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas.
A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos.
Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz.
E vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum.
Eu Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo.
Somente consequi completar o 1º grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica.
Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo.
Eu precisava fazer minha empresa crescer.
Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar.
Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo.
A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais.
Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe..
Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça.
Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer...
E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade.
O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na nossa Empresa Geremia.
No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz.
Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados.
Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado Duas Mercedes.
Teria mandado dinheiro para fora do País e não estaria me incomodando com essas leis absurdas .
Mas infelizmente não consigo fazer isso.
Eu sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta.
Quem vai fazer no seu lugar?
Até agora, tem sido a iniciativa privada.
Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o mesmo tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado.
As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais.
Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários.
Não é o meu objetivo.
Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso:
as pessoas.
Eu sou mesmo teimoso!...
Não tem jeito..."
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Proposição de Soluções Possíveis ao Combate da Corrupção
• Mobilizar educadores em âmbito nacional já em exercício, tornando-os aliados do processo revolucionário. Formar projeto pedagógico de maneira colaborativa com objetivo de informar e discutir o processo político com os estudantes. Uma possibilidade seria trabalhos interdisciplinares que envolvesse o aluno de modo a se tornar um multiplicador de conhecimento dentro do seu círculo familiar e comunitário.
• Resgatar a tradição dos bardos e arautos. De forma lúdica reunir artistas de rua, do povo, itinerantes. Mobilizar artistas que multiplicariam o conhecimento e entendimento de como a Constituição e o sistema político brasileiro funciona e o papel do Povo. Montar grupos com esse interesse. Espalhar as sementes da mudança e da consciência política através da música, da poesia, do teatro, dos textos, do cinema...
• Identificar os políticos de princípios éticos e morais rígidos que acreditam e lutam pela justiça e que não se permitem corromper. Fazer alianças com estes e fortalecer suas lutas pelo Povo. É preciso ter aliados já dentro do sistema para termos o apoio necessário para as Ações Populares (vale ver http://poderlegislar.com.br/).
• Resgatar a tradição dos bardos e arautos. De forma lúdica reunir artistas de rua, do povo, itinerantes. Mobilizar artistas que multiplicariam o conhecimento e entendimento de como a Constituição e o sistema político brasileiro funciona e o papel do Povo. Montar grupos com esse interesse. Espalhar as sementes da mudança e da consciência política através da música, da poesia, do teatro, dos textos, do cinema...
• Identificar os políticos de princípios éticos e morais rígidos que acreditam e lutam pela justiça e que não se permitem corromper. Fazer alianças com estes e fortalecer suas lutas pelo Povo. É preciso ter aliados já dentro do sistema para termos o apoio necessário para as Ações Populares (vale ver http://poderlegislar.com.br/).
sábado, 10 de setembro de 2011
Corrupção no Brasil
Corrupção no Brasil
Jéssica Magalhães
Aqueles que difamam o funcionamento do Processo Legislativo não conhecem a complexidade e a beleza dos Regimentos Internos.
Todos os problemas e as maledicências provêm, na verdade, daqueles que deturpam e desprezam as regras. Mas como se sabe popularmente “basta apenas 1 laranja podre para que contamine todas as laranjas do saco”.
Àqueles que lutam contra o sistema político, deveriam estudá-lo e conhecê-lo. Não se combate um inimigo desconhecido. Saber e adquirir todas as informações (ler o livro por inteiro) acerca do objeto que se queira mudar ou destruir. Identificar os pontos fortes e suas fraquezas, identificar a corrupção e as brechas que a torna possível.
O que é a corrupção? É a deturpação de valores morais e éticos. Valores intrínsecos à personalidade de cada um e praticamente indetectáveis através do discurso polido, mas as atitudes denunciam.
É histórico o afastamento do Povo diante das decisões políticas. O Povo aprendeu durante centenas de anos de imposições a “cuidar da sua vida”, deixar as grandes decisões para “pessoas mais gabaritadas”. Várias revoltas surgiram, mas foram oprimidas e represálias foram feitas aos revoltados. O Povo aprendeu a duras penas de que: “é melhor ficar calado”, “não se meter com isso”, “preocupe-se com a sua família”, “deixe que os outros se preocupem com isso”, “não se envolva”, “tema por sua vida”.
Culturalmente as pessoas brasileiras aprenderam a se divertir, “beber pra esquecer meus problemas”, cultuar festas folclóricas, prestigiar esportes (principalmente o futebol)... Quando as atenções se voltam para a diversão, as decisões políticas acontecem em “uma realidade paralela”.
Há também o medo. O medo atinge a todos: políticos e empresários e o Povo. Mas são medos diferentes. O medo dos primeiros é a mudança, que as pessoas se informem e resolvam atuar. Isso porque antes as revoltas “podiam” ser contidas de forma brutal. Hoje a Constituição Federal explicita que “o poder emana do Povo”. Então para eles há o medo de que essa máxima passe a funcionar em sua essência e eles percam o poder que usurparam do Povo de maneira “bem” disfarçada. O que alivia o medo deles é o medo que o Povo tem.
O medo do Povo é complexo. Muitos, normalmente os mais humildes (remanescentes de escravos, baixa ou nenhuma instrução, trabalhadores braçais), tem medo de “afrontar” o Estado por temer as duras represálias que seus parentes distantes sofreram quando tentaram mudar as coisas. Esses não compreendem que, em verdade, são os legítimos “donos” do poder e não dão abertura para aprender sobre isso, são os que mais ficam imersos nas “diversões”. Outros ficam indignados diante das denúncias espalhadas pela mídia convencional, reclamam do “governo” e dos políticos, mas preferem “cuidar da sua vida”. Alguns que ficam indignados sentem necessidade de fazer alguma coisa para mudar, mas se sentem impotentes e abandonados em uma luta “sozinhos contra o sistema” e acabam se conformando e se limitando a reclamar como os outros.
Existem, porém, pessoas inconformadas. Essas não se limitam a descobrir as coisas pela mídia convencional, elas procuram opiniões, relatos, notícias veiculadas no exterior a respeito do Brasil, mídia 2.0, formadores de opinião. Elas expõem suas próprias opiniões nas redes sociais, em vlogs, em blogs, escrevem artigos, e-books, conversam em fóruns, debatem. Identificam pessoas que tenham pensamentos e idéias afins e articulam ações, manifestos, procuram mobilizar as pessoas e tentar fazer com que “despertem do torpor” e vão à luta. São Revolucionári@s 2.0. Mas elas também têm medo. Há a paranóia, mania de perseguição. E o medo de não ter a aderência das outras pessoas do Povo, não obter a “Massa Crítica” necessária para a verdadeira mudança. Medo de “lutar à toa”.
Existem uns poucos otimistas, outros desistentes e muitos pessimistas. Estes últimos acabam enfraquecendo as ações para a mudança e aumentam o grupo dos desistentes, diminuindo assim o grupo dos otimistas.
Tudo isso é fato conhecido por todos. Mesmo assim, os anos passam e as mudanças que ocorrem (se ocorrem) são mínimas. E por serem tão sutis não recebem seu devido valor. Outro fato decorrente da cultura brasileira: sublinhar e negritar os defeitos e desprezar as virtudes pormenorizando-as.
Há solução. Trabalhosa, é verdade. Lenta, inconsistente com o nível tecnológico já que queremos resultados rápidos. Há maneiras de revolucionar, de extirpar a corrupção do nosso sistema político. Mas ”o processo é lento, mas é assim que a gente vai pra frente” BNegão.
Jéssica Magalhães
Aqueles que difamam o funcionamento do Processo Legislativo não conhecem a complexidade e a beleza dos Regimentos Internos.
Todos os problemas e as maledicências provêm, na verdade, daqueles que deturpam e desprezam as regras. Mas como se sabe popularmente “basta apenas 1 laranja podre para que contamine todas as laranjas do saco”.
Àqueles que lutam contra o sistema político, deveriam estudá-lo e conhecê-lo. Não se combate um inimigo desconhecido. Saber e adquirir todas as informações (ler o livro por inteiro) acerca do objeto que se queira mudar ou destruir. Identificar os pontos fortes e suas fraquezas, identificar a corrupção e as brechas que a torna possível.
O que é a corrupção? É a deturpação de valores morais e éticos. Valores intrínsecos à personalidade de cada um e praticamente indetectáveis através do discurso polido, mas as atitudes denunciam.
É histórico o afastamento do Povo diante das decisões políticas. O Povo aprendeu durante centenas de anos de imposições a “cuidar da sua vida”, deixar as grandes decisões para “pessoas mais gabaritadas”. Várias revoltas surgiram, mas foram oprimidas e represálias foram feitas aos revoltados. O Povo aprendeu a duras penas de que: “é melhor ficar calado”, “não se meter com isso”, “preocupe-se com a sua família”, “deixe que os outros se preocupem com isso”, “não se envolva”, “tema por sua vida”.
Culturalmente as pessoas brasileiras aprenderam a se divertir, “beber pra esquecer meus problemas”, cultuar festas folclóricas, prestigiar esportes (principalmente o futebol)... Quando as atenções se voltam para a diversão, as decisões políticas acontecem em “uma realidade paralela”.
Há também o medo. O medo atinge a todos: políticos e empresários e o Povo. Mas são medos diferentes. O medo dos primeiros é a mudança, que as pessoas se informem e resolvam atuar. Isso porque antes as revoltas “podiam” ser contidas de forma brutal. Hoje a Constituição Federal explicita que “o poder emana do Povo”. Então para eles há o medo de que essa máxima passe a funcionar em sua essência e eles percam o poder que usurparam do Povo de maneira “bem” disfarçada. O que alivia o medo deles é o medo que o Povo tem.
O medo do Povo é complexo. Muitos, normalmente os mais humildes (remanescentes de escravos, baixa ou nenhuma instrução, trabalhadores braçais), tem medo de “afrontar” o Estado por temer as duras represálias que seus parentes distantes sofreram quando tentaram mudar as coisas. Esses não compreendem que, em verdade, são os legítimos “donos” do poder e não dão abertura para aprender sobre isso, são os que mais ficam imersos nas “diversões”. Outros ficam indignados diante das denúncias espalhadas pela mídia convencional, reclamam do “governo” e dos políticos, mas preferem “cuidar da sua vida”. Alguns que ficam indignados sentem necessidade de fazer alguma coisa para mudar, mas se sentem impotentes e abandonados em uma luta “sozinhos contra o sistema” e acabam se conformando e se limitando a reclamar como os outros.
Existem, porém, pessoas inconformadas. Essas não se limitam a descobrir as coisas pela mídia convencional, elas procuram opiniões, relatos, notícias veiculadas no exterior a respeito do Brasil, mídia 2.0, formadores de opinião. Elas expõem suas próprias opiniões nas redes sociais, em vlogs, em blogs, escrevem artigos, e-books, conversam em fóruns, debatem. Identificam pessoas que tenham pensamentos e idéias afins e articulam ações, manifestos, procuram mobilizar as pessoas e tentar fazer com que “despertem do torpor” e vão à luta. São Revolucionári@s 2.0. Mas elas também têm medo. Há a paranóia, mania de perseguição. E o medo de não ter a aderência das outras pessoas do Povo, não obter a “Massa Crítica” necessária para a verdadeira mudança. Medo de “lutar à toa”.
Existem uns poucos otimistas, outros desistentes e muitos pessimistas. Estes últimos acabam enfraquecendo as ações para a mudança e aumentam o grupo dos desistentes, diminuindo assim o grupo dos otimistas.
Tudo isso é fato conhecido por todos. Mesmo assim, os anos passam e as mudanças que ocorrem (se ocorrem) são mínimas. E por serem tão sutis não recebem seu devido valor. Outro fato decorrente da cultura brasileira: sublinhar e negritar os defeitos e desprezar as virtudes pormenorizando-as.
Há solução. Trabalhosa, é verdade. Lenta, inconsistente com o nível tecnológico já que queremos resultados rápidos. Há maneiras de revolucionar, de extirpar a corrupção do nosso sistema político. Mas ”o processo é lento, mas é assim que a gente vai pra frente” BNegão.
domingo, 24 de julho de 2011
Camaleoa
20-07-2011
Eu me camuflo
No emaranhado dos seus pensamentos
Me confundo com seus sentimentos
Faço com que me sintas
Como se fizesse parte de ti
Ofusco o brilho das idéias
Me prego em sua rede neural
Trafego incólume por seu coração
Estou presente,
Tu me transpira
E me inspira de novo para dentro de si
Me pareço tanto que tu achas que sou eu
Mas somos dois
Tu e o amor meu
Eu me camuflo
No emaranhado dos seus pensamentos
Me confundo com seus sentimentos
Faço com que me sintas
Como se fizesse parte de ti
Ofusco o brilho das idéias
Me prego em sua rede neural
Trafego incólume por seu coração
Estou presente,
Tu me transpira
E me inspira de novo para dentro de si
Me pareço tanto que tu achas que sou eu
Mas somos dois
Tu e o amor meu
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Perdão
Me faltou humildade.
A relação era doentia, eu estava doente.
Me refiro aos últimos meses.
Eu me julgava superior, dona da situação.
Sofria delírios e os queria justificar baseando-se no meu conhecimento sobre a Conscienciologia.
Quis fazer crer que agia como mártir, tentando resgatar quem se perdera, quando estava completamente perdida e abandonada por mim mesma no interior de minha psique.
Agi de forma fria e insensível, desvalorizei seus sentimentos, negligenciei os meus.
Hoje eu olho para trás e me envergonho de minhas atitudes e palavras.
Consigo mensurar o dano que causei em ti e a única coisa que posso fazer é pedir perdão.
Perdoe-me, pois eu errei muito contigo.
Essas palavras foram escritas com sinceridade e humildade.
As pessoas têm sempre segundas intenções.
Vou falar sobre as minhas.
Reconheço em você uma pessoa nobre que compartilha idéias e percepções dignas de debate. O que significa que a diversidade e níveis de complexidade de alguns assuntos podem ser conversados.
Este mundo é vasto e poucos são os indivíduos com quem sinto afinidades.
É para mim, portanto, restrito o número de pessoas a quem posso considerar meus semelhantes ou amigos.
Então minhas intenções se resumem a poder contar contigo como amigo.
Tudo isso é porque me sinto desconfortável em falar contigo abertamente pois pressinto que guarda mágoas (com razão) de mim.
Quero que saiba que tenho muito apreço e respeito por você.
Não é de maneira alguma minha intenção fazer ou sugerir que faça algo indigno.
Por uma desordem e desequilíbrio interno acabo ferindo e afastando as pessoas que mais admiro. Estou tentando lutar contra isso.
Espero saber tua opinião do que aqui escrevo.
Até mais.
A relação era doentia, eu estava doente.
Me refiro aos últimos meses.
Eu me julgava superior, dona da situação.
Sofria delírios e os queria justificar baseando-se no meu conhecimento sobre a Conscienciologia.
Quis fazer crer que agia como mártir, tentando resgatar quem se perdera, quando estava completamente perdida e abandonada por mim mesma no interior de minha psique.
Agi de forma fria e insensível, desvalorizei seus sentimentos, negligenciei os meus.
Hoje eu olho para trás e me envergonho de minhas atitudes e palavras.
Consigo mensurar o dano que causei em ti e a única coisa que posso fazer é pedir perdão.
Perdoe-me, pois eu errei muito contigo.
Essas palavras foram escritas com sinceridade e humildade.
As pessoas têm sempre segundas intenções.
Vou falar sobre as minhas.
Reconheço em você uma pessoa nobre que compartilha idéias e percepções dignas de debate. O que significa que a diversidade e níveis de complexidade de alguns assuntos podem ser conversados.
Este mundo é vasto e poucos são os indivíduos com quem sinto afinidades.
É para mim, portanto, restrito o número de pessoas a quem posso considerar meus semelhantes ou amigos.
Então minhas intenções se resumem a poder contar contigo como amigo.
Tudo isso é porque me sinto desconfortável em falar contigo abertamente pois pressinto que guarda mágoas (com razão) de mim.
Quero que saiba que tenho muito apreço e respeito por você.
Não é de maneira alguma minha intenção fazer ou sugerir que faça algo indigno.
Por uma desordem e desequilíbrio interno acabo ferindo e afastando as pessoas que mais admiro. Estou tentando lutar contra isso.
Espero saber tua opinião do que aqui escrevo.
Até mais.
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