quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Huck, ser humano, ser herói!

Ao se colocar no papel da "elite branca" que está indignada com a violência por tão pouco, um Rolex, Luciano Huck, mais uma vez como um bom moço, vestiu a capa de SUPER e deu uma "lavada" tão grande que até o presente momento está sendo debatido o tão aclamado artigo (da Folha de São Paulo) que escrevera em sua legítima voz de expressão do cidadão brasileiro.

E daí que é um Rolex? Se fosse imitação de Rolex o bandido teria roubado da mesma maneira.

O que devemos colocar no preto e branco é bem simples:

Houve um assalto à mão armada à um cidadão paulistano de forma que isso provocou uma reação (completamente cabível) de repúdio a tal ato vil e infame, na vítima, o que gerou polêmicas.

Se Luciano Huck é influente ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é branco ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é rico ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é um homem de sucesso ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é casado ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é pai ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é honesto ou não, isso não importa.
Se Luciano Huck é de boa índole ou não, isso não importa.

O que importa é que Luciano Huck é brasileiro e foi vítima de um assalto que poderia ter sido com você.
O que importa é que Luciano Huck é ser humano e tem todo direito de se expressar, assim como você também o é.
O que importa é que Luciano Huck percebeu o quanto poderia custar sua vida nas mãos de um criminoso, ao preço de um relógio e não quer que isso aconteça com você também.
O que importa é que Luciano Huck abriu a boca e colocou no trombone denunciando a realidade dos brasileiros, que independente de nível social ou carisma que alguém tenha, o crime continua acontecendo de baixo de nossos narizes nos colocando nas mais diversas situações.
O que importa é que Luciano Huck se preocupa com ele, sua família e seus amigos, assim como eu e você nos preocupamos com nós e nossos entes queridos.
O que importa é que Luciano Huck, não assiste tudo de camarote como muitas pessoas o fazem e saem quietos para não sofrerem as consequências desta violência sem medida.
O que importa é que Luciano Huck assina seu nome embaixo do que fala e não foge de todos para se proteger.
O que importa é que Luciano Huck fez tamanha façanha de atrair todos os assuntos para este tema de segurança nacional.

O que importa é que continuar com a HIPOCRISIA não dá. Vamos acordar e ver onde estamos chegando.


Jéssica a Maga

sábado, 3 de novembro de 2007

Iniciativas

Quando estamos falando de primeiro contato,
Tomo eu as iniciativas.
Puxo assunto, converso e desconverso.
Mas são sempre tão desinteressadas,
Sem segundas intenções.
Quando tenho outras intenções, travo.
Sou tão direta e insensível que assusto os outros.
Meu jeito descarado de ser é um grande problema.
Por ser uma mulher que chama atenção (isso que dá ter bundão),
Todos tentam aproximação e as cantadas chovem.
Me senti por anos perturbada com tal alvoroço que provoco.
Buscava a anulação, me escondia e me subjugava.
Hoje, liberta da minha opressão, cresço e apareço.
Me arrumo para me sentir bem e não estranho que outros me vejam bem.
As pessoas que me interessam, normalmente são as que me tratam como gente.
São aquelas que podem até me desejar, mas que me dão espaço para pensar.
Que não se aproximam se não percebem a bandeira verde.
Mas depois de balançar com extremo vigor uma bandeira vermelha,
Para todos que se aventuravam de maneira tão sem noção,
Como fazer aquelas pessoas interessantes notarem meu interesse por elas?
Normalmente não faço notarem, e assisto elas indo embora, talvez para não mais voltar.
Então, penso: isso precisa mudar, preciso que saibam que quero.
Aí o meu total despreparo em me aproximar e dizer o que quero sem entrelinhas, afugenta.
Dizer com todas as palavras que eu estou afim não é nada legal.
Porque por mais idiota que possa parecer, as pessoas não estão preparadas para enfrentar a realidade e não conseguem entender frases simples e diretas.
As vezes até entendem, mas não querem aceitar a facilidade dos resultados.
Resumindo: não sei "chegar" em ninguém, sem assustar.
A maioria tende a me ter como metida a gostosa que está acostumada a ter o que quer e quando quer, o que está bem longe da realidade.
Então é assim, me sinto uma personagem fictícia.
Lá, de longe, eu sou tudo de bom, todo mundo quer e etc.
Aqui, de pertinho, não mereço nem atenção.
E vou dizer mais, as mulheres são as pessoas mais difíceis de aproximação.
Pulam fora em dois tempos e arrasam com tudo por onde vão.

Jéssica a Maga