quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Chove chuva!

Já é quase hora!
Corre, apressa!
Aperta o passo,
Muda o atalho.
Um pingo na mão,
O celular na mão.
Meninas falam que ela está lá,
Ela vem sorrindo
Chuva! Banho de chuva!
Celular pra bolsa
Sandálias na mão
Chutando a enxurrada
Sentindo a face molhada
Sorrisos e gargalhadas
Seguindo o caminho da casa
Quatro meninas encharcadas
Correndo no asfalto
Abrindo as bocas para o céu
Cantarolando e pulando
Puxando as mochilas sobre rodas
Desviando dos transeuntes
Despedimo-nos contentes
Seguindo nosso caminho
Até que chegamos
Logo ali,
O almoço quentinho aguarda
Roupas secas para a mesa
Almoço feliz.
Chuva chove!
Chove chuva!

Jéssica a Maga

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Volta do Sorriso Fujão

E lá estava eu, apressando-me para ficar bonita. Põe essa sombra, passa o delineador, arruma o vestido, procura o tamanco, prende o cabelo, passa batom, olha no espelho. Na correria da empolgação, meu coração aos pulos, esqueci os óculos.

E lá estamos nós em meio àquela reunião em prol do meio ambiente, entre brincos de sucata e olhares curiosos. Olhava e olhava e nada via, ninguém identificava. Com muito custo cumprimentei os amigos que encontrava.

Nervosa, tentando parecer tranquila. Após um bom tempo consegui localizar a quem tanto procurava encontrar. Foi totalmente engraçado, que perguntávamos onde estará, será que veio? E a resposta estava a menos de 2 metros, nos encarando sorridente. Riso geral, maçãs vermelhas, desconversas e piadas sem graça.

Como foi bom poder ver o sorriso nas faces faceiras. As palavras, mesmo que carregadas de intenções mal disfarçadas, foram muito boas de serem por mim ouvidas. Me trouxe a certeza de não ter perdido amizades. Meu coração ficou tão leve que flutuou acima da minha cabeça e quase se mandou com o vento.

Sei que nada será como antes e que talvez demore bem mais para poder rolar qualquer reaproximação. As discussões e brigas que aconteceram serviram para provar que não era nosso momento. Mas sinceramente prefiro assim. Adoro conquistar amizades e não consigo suportar a dor de perdê-las.

Todas as minhas palavras, mesmo as que escapam da boca, têm minha assinatura embaixo. Assumo tudo o que falo e faço. Mas longe de mim ficar criando palavras para defesa. O que disse tá dito e pronto, posso arrepender-me e pedir desculpas, mas tentar mudar o significado das minhas palavras ditas, não mais.

Cansei de (Ser Sexy) ir contra eu mesma, de fingir que está tudo bem. Porque por mais que pareça que eu estou sendo educada com as pessoas, quando estou calando meus anseios, estou na verdade me prejudicando e consequentemente prejudicando as pessoas ao meu redor.

Minhas relações são intensas, verdadeiras e completamente absurdas. É por conta disso que os incautos se afastam e procuram pessoas ditas normais. E mesmo assim, não consigo suportar a dor de perder uma amizade. Aqueles que são meus amigos sabem que podem sempre contar comigo, claro que para fazer coisas que vão contra os meus princípios nem devem me cogitar.

Estou tão melhor que até consigo sorrir, consigo me sentir de volta ao mundo.


Jéssica a Maga

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Lágrimas

Escuto uma música e me lembra você
Contemplo as belezas naturais
Participo de sessões de tortura
Não sinto vontade nem de gemer
Permaneço o tempo que puder dopada
Enebriada pela dor de te perder
De perder meu chão, minha cabeça
Não soubemos nem começar
Aflição, nervosismo e empolgação
O que me dói é nada ter feito
E mesmo assim fui julgada
Minha palavra que é o que tenho
Meu ganha-pão, meu único tesouro de valor
Para você vale menos que guimba de cigarro
Mas é aí que me torno guerreira
Luto pela minha integridade, pelo meu valor
Há quem me valorize, que sabe aproveitar
Que mergulha na vida e me toma por guia
Sei que não encontro nada disso por aqui
Nem busco, mas sei que existe, já vi
Ainda assim, ferida fora do campo de batalha
Choro ao lembrar de você
E do que nunca vai ser


Jéssica a Maga

sábado, 27 de outubro de 2007

Deixo

Ivete Sangalo - Deixo

Eu me lembro sempre
Onde quer que eu vá
Só um pensamento
Em qualquer lugar
Só penso em você,
Em querer te encontrar
Só penso em você,
Em querer te encontrar

Lembro daquele beijo que você me deu,
Que até hoje está gravado em mim,
E quando a noite vem,
Fico louco pra dormir,
Só pra ter você nos meus sonhos,
Me falando coisas de amor
Sinto que me perco no tempo,
Debaixo do meu cobertor

Eu faria tudo
Pra não te perder,
Assim,
Mas o dia vem,
E deixo você ir,
Eu faria tudo
Pra não te perder,
Assim,
Mas o dia vem ,
e deixo você ir.

Lembro daquele beijo que você me deu,
Que até hoje está gravado em mim,
E quando a noite vem,
Fico louco pra dormir,
Só pra ter você nos meus sonhos,
Me falando coisas de amor
Sinto que me perco no tempo
Debaixo do meu cobertor,

Eu faria tudo
Pra não te perder,
Assim,
Mas o dia vem,
E deixo você ir, Eu faria tudo
Pra não te perder, Assim,
Mas o dia vem ,
e deixo você ir.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Hipocrisia SUCKS

Fico me perguntando de que adianta ser uma pessoa correta, sincera, verdadeira e honesta. A maioria das pessoas que conheço, muitas pelo qual tenho apreço, duvidam da minha palavra. Duvidam dos meus sentimentos, do meu olhar intenso.
Me magoar é muito fácil, é bem simples como uma receita de bolo:
  1. Primeiro aproxime-se de mim e mostre-me o seu eu verdadeiro. O suficiente para que eu me apaixone e te conte meus mais íntimos segredos.
  2. Então após trocar olhares que dizem mais que palavras e que me desnudam por completo, duvide da minha sinceridade.
  3. E está pronto. Depois de extremamente magoada, nunca mais te olharei como pessoa digna de confiança e nossa relação jamais progredirá.
Ofendida fico por algum tempo até que a imagem se quebre completamente e outra com uma grande advertência seja colocada no lugar. Sou amiga de qualquer pessoa que saiba trocar palavras bondosas comigo. E mesmo daquelas que já me magoaram, a amizade continua mas o apreço some por completo.
Já ouvi muitas pessoas me falarem: "Tenho a impressão de estar magoando você a cada instante". Isso é verdade, a cada palavra com caráter de duvidar do que falo, é como que uma lança afiada que trespassa meu peito. Sinto muita dor por só duvidarem da minha sinceridade, mas quando a pessoa que duvida é alguém que estimo demais, meu mundo cai.
A única maneira de parar de sofrer com o que os outros pensam e falam de mim, é não ter apreço nem estima por ninguém. Porque sinceramente podem falar a vontade, pessoas que não estão no meu coração, não me importo com a opinião das massas. Mas a opinião de quem admiro é extremamente importante e é justamente essa que me fere.
Voltarei às máscaras que tanto me deram trabalho para livrar-me delas? Na verdade não. Já não consigo enfrentar o mundo usando disfarces, serei para sempre eu mesma. Cara e coragem, espada e escudo, flauta e alegria.
Quem vai me desafiar? Querem me magoar? Sigam a receita de bolo acima. Não querem perder o posto conquistado no meu coração? Não me magoe desta maneira vil e infame.
Lidar comigo é bem fácil só precisa de uma coisa: acreditar em mim.
Se você não consegue acreditar, caia fora e se mantenha bem longe do meu coração.
Não mexe comigo se você não confia no seu taco, não finja, não represente para mim se não for um bom ator ou uma boa atriz.
Quero distância dessa depressão e de todos que colaboram com ela, me deixem em paz.
Deixe eu descobrir o caminho que perdi e retomar a luta. Vou ficar em paz comigo mesma e com o mundo que me cerca assim que essa hipocrisia ridícula estampada nos rostos dos "amigos" resolver mudar de freguesia.

Jéssica a Maga

À PrOvA

Hoje cheguei à conclusáo que as sensaçóes todas que me influenciam de maneira indireta ou mesmo direta, podem fazer parte de alguma proéxis, de alguém do meu grupocarma. Uma proéxis que de alguma maneira se interliga com outra em uma co-dependência.
Acabo agindo de determinada maneira mas ainda o faço de maneira náo cosmoética. Isso me preocupa, mas náo me apavora. Estou seguindo o plano, de maneira bem mais torta, é verdade, mas ainda estou dentro do prazo!! A aceleraçáo deve cessar por completo ou ensandecerei!
Às vezes concordo com os que me dizem ser eu uma maluca. Também fica bem mais fácil nadar contra a maré quando se tem como argumento para todas as minhas empreitadas, o fato de ser maluca. Malucos e toda essa sorte de doidos varridos sáo até perdoados por ¨náo¨ serem responsáveis por seus próprios atos, logo sendo uma fica eternamente livre e perdoada de fazer tudo o que tiver vontade. E assim vivo e viverei. Os obstáculos seráo transpassados de maneira bem simples e tranquilas. Ainda amo as pessoas, mas definitivamente: ME IRRITAM PROFUNDAMENTE.

Jéssica a Maga

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Diamante Bruto

Admiração
Supresa
Imensa
Beleza
Interior
Exterior
Nuclear
Atômica
Resistente
Impaciente
Inconsequente
Camadas
Máscaras
Peles
Medos
Repressão
Dominação
Sufoco
Liberdade
Urgente
Amolecer
Entregar
Lapidar


Jéssica a Maga

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Confusão Mental

Confundi
O mundo
Tudo
Quero
Satisfação
Momentânea
Ilusão
Passageira
Sofrimento
Angústia
Pânico
Medo
7
pêndulo da insanidade latente insistente e persistente


Jéssica a Maga

Rir é o melhor remédio!

Pude observar o quanto influencio de maneira positiva e negativa aqueles que me cercam. Fazer piadas com situações chatas tornou-se um hobby para mim. Em compensação o nível de saturação mental das minhas cobaias humanas chega bem perto de explodir nas últimas horas do dia, no caso, da noite.
Buscar novas companhias e outros círculos de amizade, sem preconceito algum, é uma ótima alternativa para manter a estima alheia e o apreço pela minha presença. Durante alguns anos tenho optado por tal alternativa com sucesso, mas isso contraria meu atual estado de espírito.
O nível da minha carência por atenção subiu repentinamente e algumas cobaias transformaram-se em vítimas das minhas palavras. Minha carência aliada à minha ânsia por conhecer a psiquè humana transformam-se em uma poderosa arma de sedução, criando armadilhas intrincadas para todos que de alguma forma aproximam-se de mim, inclusive para mim.
Consigo perceber minha manipulação holochacral de maneira tão dissimulada e travestida que sinto imensa vergonha. Torno as pessoas escravas da minha vontade sem que elas ao menos se dêem conta disso. E quando tentam uma defesa, de maneira extremamente infantil e automática minha reação é a de me vitimizar buscando sensibilizar a verdadeira vítima para que ela se convença de que está exagerando.
Acredito que todo esse processo doentio e patológico se dê por conta dos assédios sofridos e por medo de não ser aceita. O medo de enfrentar o mundo é mascarado pela habilidade de manipulação das palavras e dos sentimentos por elas causados.
Minha vida é um filme do gênero comédia. Apesar de todos os percalços, me divirto imensamente e absorvo muitas informações úteis. Mas a minha preocupação com todos os outros personagens envolvidos na trama teve um aumento relativamente alto (visto que ela sempre foi muito grande) quando percebi as repercussões negativas como resultado dos meus atos, gestos e palavras.
A pergunta que me fica é se o ditado "Rir é o melhor remédio" realmente se aplica às minhas vítimas que são bombardeadas quase integralmente com minhas piadas diversas. Como uma de minhas vítimas está sentindo fortes dores quando ri, isto me preocupou demasiadamente.


Jéssica a Maga

sábado, 20 de outubro de 2007

Gira-mundo!

E ontem, ou hoje já que era passado da meia-noite, o mundo provou-me mais uma vez que ele gira e gira.
Chamei alguém que disse nunca por os pés em tal ambiente, e eis que encontro seus mais íntimos companheiros e companhias circulando por lá.
Enebriados pela cevada fermentada, corpos agitavam-se e requebravam com a batida dos pandeiros e pasmem, do saxofone que produziam um ritmo decadente e ultrapassado outrora extremamente por mim agraciado, o pagode.
Esta bela madrugada em que a lua permanecia dourada, fez-me sorrir, cantar e dançar empurrando para longe os vários preconceitos que cismam em me cercar.
Atraídos pelo remelexo da cintura e dos quadris das morenas mais graciosas do lugar, olhos vinham e iam em encontros e desencontros como num balé profano de desejo e cobiça.
O sorriso rapidamente transmutado em espasmos de dor e sono ludibriava e seduzia os mais desatentos, que bestificados mostravam sua imensa dificuldade em controlar seus pensamentos, gestos e movimentos, num desarranjo colossal e deprimente.
E ao findar a magnífica festa dos horrores alegóricos, gente de todo o tipo pareciam como insetos asquerosos que não sabem a direção a seguir e que ficam correndo em todas as direções sem sair do lugar como bestas tontas amarradas à um mourão solitário.
Palavras são trocadas por valor algum, nada em que se possa dar crédito. Surgem os medos inconscientes e as vontades camufladas tentando em vão conquistar espaço no meio da corrida desnorteada e sem propósito válido.
Depois de toda essa farra dos bois imaginários, a mente pede por descanso e o corpo acrescenta o peso da solicitação. Um mundo novo que virá ao alvorescer do sol aguarda apenas que se cerrem os olhos, o que faço em dois breves segundos.

Jéssica a Maga

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

I don´t belong here..

...

Lista:

  1. Respirar
  2. Imaginar
  3. Realizar
  4. Viver
  5. Chorar
  6. Sorrir
  7. Cantar
  8. Dançar
  9. Amar
  10. Morrer


Jéssica a Maga

Where is my mind?

Vazio
Sensação de
Confusão
Esquecer do Mundo
de Tudo
e do que Lembrar?
Sentido
Nada faz
Valores Trocados
Vontade, que há?
Perdeu-se
Paralisia
Imobilidade
Quietude
Crash´n´burn


Jéssica a Maga

Boas Vindas à Quem Vier

Boas Vindas à Quem Vier
Estava hoje a reintegrar-me ao mundo cibernético depois de uns 5 dias de desligamento. Após verificar todos os e-mails, orkuteando descobri que uma grande amiga (tá, não somos tão íntimas quanto eu queria, mas isso não vem ao caso) colocou uma antiga idéia minha em prática: escrever um blog.
Comecei pelo menos uns 4 blogs até hoje(este é o 5º) e nunca consegui dar continuidade a algum. Mas todos meus blogs tinham caráter temático, o que acabava me cansando rápido. Mas a idéia de escrever sobre tudo e somente sobre o que eu quiser e quando eu quiser me agradou imensamente. Uma idéia simples, direta e empolgante, tudo o que eu queria! Esta minha amiga, Verônica, escreve o que quer e quando quer. Me senti tão feliz de ler seus pensamentos e idéias do dia-a-dia que me deu vontade de fazer o mesmo: escrever.
Um dos poemas que me é preferido "Vou-me Embora pra Pasárgada" do Manuel Bandeira, serviu de inspiração ao nome desta minha nova empreitada cibernética. Neste espaço registrarei o que quiser sem importar-me com seguir determinada linha de pensamento ou de algum tema específico. Não faço promessas a ninguém e sinceramente, não espero que alguém perca tempo lendo este blog.
Mas à todos que vierem e quiserem voltar por algum motivo inimaginável ficará sempre as minhas Boas Vindas! Mas não pedirei que voltem sempre pois seria abusar da vontade alheia. Sintam-se livres para ignorar por completo o que aqui for escrito, para escreverem comentários ou mesmo dispensá-los. Faço questão de colocar-me como militante dos direitos de livre expressão de todos e espero que o bom-senso prepondere nos comentários e posts deste blog.


Jéssica a Maga