domingo, 11 de março de 2012

Mensagem à Polícia do DF (enviada ao dicoe@pcdf.df.gov.br)

Boa noite.

Hoje (11/03/2012, domingo) em torno das 21h após descer no ponto de ônibus da QR 114 em Samambaia Sul, fui abordada por um rapaz de idade entre 15 e 19 anos de pele escura que estava em uma bicicleta com calça jeans e um moletom escuro. Ele passou por mim pela ciclovia logo atrás do Ed. Rafaela e voltou anunciando o assalto. Estava com a mão por baixo do blusão e disse que se eu não entregasse minha bolsa, ele me dava um tiro. Eu fiquei em pânico, muitas coisas passaram pela minha cabeça. Estava desconfiada de que ele não tinha arma nenhuma e não queria entregar a minha bolsa que continha a "minha vida" lá. Inclusive cheguei a pensar que se ele quisesse minha bolsa teria que atirar mesmo, porque eu não ia dar. Mas a minha reação foi apenas ficar pedindo para ele não fazer nada comigo. Fiquei segurando a minha bolsa e repetindo: por favor moço não faz isso comigo, por favor moço não faz isso comigo... Ele ficava dizendo que ia atirar em mim e que queria a minha bolsa. De repente ele olhou pra cima e percebi que tinha ficado muito inseguro ele disse: vai andando, vai andando. Eu parei e disse bem alto que não iria sair dali não, ele tentou puxar a minha bolsa e como não conseguiu ele me deu um soco com força no braço, então olhei pra cima, vi umas pessoas olhando na janela para nós e então pedi: por favor chamem a polícia! ele está querendo me roubar! O rapaz ficou assustado e subiu na bicicleta e foi para trás do prédio onde é mais escuro. As pessoas do apartamento falaram para eu subir e abriram a portaria. Eles me deram um copo com água e me perguntaram o que tinha acontecido. Me falaram que no dia que se mudaram para ali viram um assalto no mesmo lugar e que iriam pedir para instalarem postes de luz pois ali é muito escuro e perigoso. Logo que entrei no prédio comecei a chorar, não acreditava no que tinha acontecido. Eu tinha acabado de voltar do Concurso do Senado, estava com a minha prova na bolsa, estudei por muito tempo para essa prova, não conseguia imaginar perde-la logo tão perto de casa, minha casa estava só a uns 30m adiante. E as chaves da minha casa, meu celular, meus documentos... o livro que estou escrevendo... tudo dentro da minha bolsa. A família que me acolheu naquele momento comentou que nem adiantava eu ir até a polícia, até porque eu mal sei descrever o cara e também porque ele não levou nada. Eu fiquei com medo de descer e ir pra casa. Fiquei imaginando que ele estaria por perto e que se vingaria de mim por eu ter reagido. Então eles me levaram de carro pra casa. Eu moro na QN 114 no condomínio Bela Vista, muito perto do posto policial da Estação Samambaia Sul, mas lá eles só ficam em dois e nunca fazem ronda. Tenho certeza que o meu caso não é um caso isolado, existe muita insegurança nesse trajeto da parada de ônibus até a estação do metrô e vice-versa. É um trajeto mal iluminado e não tem nenhuma patrulha policial principalmente a noite. Eu tentei registrar ocorrência na delegacia virtual. Não consegui.

Atenciosamente,

Jéssica Magalhães

2 comentários:

  1. A polícia me ligou!
    Me explicaram os motivos de não poder registrar online esse tipo de ocorrência. Quando há abordagem e ameaça ou mesmo agressão física o registro tem que ser feito em uma delegacia. Também me disseram que estão reformulando a delegacia online e vão incluir novos serviços.

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  2. denunciei trafico de drogas na 713 norte.

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Matraqueando... opiniões legítimas e que procedam com o que pensam, por favor.