Exercício proposto pelo Prof. Marco Antunes na oficina literária da Câmara dos Deputados: Conte-nos como, onde e quem matou Adelaide Santoro numa história de suspense que não pode ter mais que dez linhas.

Respirava com dificuldade. Os batimentos cardíacos podiam ser ouvidos no silêncio daquela tarde de domingo, faziam tum-tum tum-tum... Passos se aproximavam do local e a respiração de Jovenildo ficava cada vez mais oscilante, sua mão trêmula segurava a faca de caça que havia usado no dia anterior para dilacerar um pobre ganso. E assim que se aproximou, Adelaide, de seu carrasco, um frio subiu-lhe a espinha e ela viu sua vida passar diante os olhos vidrados. Com resmungos impronunciáveis ele a segurou e mostrou-lhe os dentes num acesso de raiva e loucura. Adelaide paralisada pelo medo e imobilizada pelos braços de seu antigo amante, deixou que lágrimas se misturassem ao sangue que jorrava de sua carótida ferida. Não satisfeito, Jovenildo golpeou por 4 vezes seu jovem coração e fugiu desenfreadamente pela 5ª avenida e se esgueirou por entre o beco. Jamais fora visto por aquelas bandas novamente. E o que restou de Adelaide, com espasmos de dor se esvaiu em sangue antes do socorro chegar...

Jéssica a Maga